Em gavetas, abandonados
Dormem meus versos tristonhos.
Mesmo estando bem trancados
Resvalam para os meus sonhos.
Que fazer com estes versos
Que não querem se esconder?
Quando os vejo, estão dispersos
Contrariando meu querer.
Toscos versos, emanados
Do tropel dos sentimentos
Hoje fogem apressados
A escapar dos pensamentos.
Que fazer com estes versos
Se não se deixam prender
Preferindo estar dispersos
Só p´ra não me obedecer?
Insone, na madrugada
Desejo estes versos calar.
Nem chave, nem tranca, nada
Os conseguiu segurar.
Que fazer com estes versos
Que não consigo reter?
Em sua própria alma imersos
Vão-se eles, sem se deter.
Pobres versos machucados
Desejam somente viver!
Belo, gracioso e muito bom de ler. Escrito com alma e sentido na alma de quem lê. Muito bom Lú! Um abraço.
ResponderExcluirObrigada pela gentil leitura, Alice Alba.
ExcluirE merecem, pois são lindos versos, Lu.
ResponderExcluirBoa tarde!
Vindas de você, estas palavras têm mais peso, Ana.
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