HOMENAGEM


Homenagem



Aos quatro ou
cinco anos, eu era uma garotinha que já gostava de fazer versos. Parece que eu
encerrava as minhas “apresentações” sempre com a mesma frase: bonecas no meu
coração. Tudo a ver com a minha paixão do momento...
Ao longo de
minha vida ouvi meu pai repetir esta estória. Aliás, sempre com muita alegria e
orgulho da “precocidade” da primogênita.
Por isso, o
título do blog é uma homenagem a meu pai, Humberto Narbot.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fugidio Verso


 

 

Chegam palavras

movem-se pensamentos

brotam sentimentos:

surge o verso.

Mas foge célere

sinuoso, escorregadio mesmo.

Onde papel e lápis

que o domem, moldem, capturem?

Fugidio verso,

escapa, indomável,

na pressa do momento

no rolar dos minutos

no dançar dos pensamentos.

Voltará, quem sabe,

na magia de um segundo

num olhar doce, sereno,

profundo.

Estará, talvez, logo ali

no dobrar de uma esquina,

ou então não,

escondeu-se para sempre

quieto, sossegado, silente,

imóvel,

no apagar do mundo,

nos confins da mente.
 
 
(do livro Versos ao Longo do Caminho)