HOMENAGEM


Homenagem



Aos quatro ou
cinco anos, eu era uma garotinha que já gostava de fazer versos. Parece que eu
encerrava as minhas “apresentações” sempre com a mesma frase: bonecas no meu
coração. Tudo a ver com a minha paixão do momento...
Ao longo de
minha vida ouvi meu pai repetir esta estória. Aliás, sempre com muita alegria e
orgulho da “precocidade” da primogênita.
Por isso, o
título do blog é uma homenagem a meu pai, Humberto Narbot.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

FELICIDADE SEM ROTEIRO





Felicidade sem Roteiro

 

Felicidade é algo indefinível. Cada um tem sua maneira própria de sentir-se feliz, suas expectativas, seus objetivos. O que para uns é felicidade, para outros pode ser um tormento. Há os que, para serem felizes, dependem de outra pessoa, nela colocando todas as suas expectativas. Incapazes de construir a felicidade dentro de si, esperam que outros o façam. E assim, além de continuar infelizes, conseguem fazer também a infelicidade alheia. Como não podemos ter tudo o que desejamos, não conseguimos ser felizes o tempo todo. Afinal, a vida nos traz sucessos e fracassos, dores e alegrias, queiramos ou não. E, se não fosse assim, seria uma vida bem monótona, sem as surpresas que são o tempero da existência. Já dizia o poeta Francisco Otaviano que, “quem passou pela vida e não sofreu, foi espectro de homem, não foi homem, só passou pela vida, não viveu”. A felicidade não é algo linear, mas constituída de momentos felizes, que devemos saber aproveitar em plenitude. E, nestes momentos, ela é sem limites.




O trabalho da foto é de Anita D Cambuim, a quem agradeço o carinho e a gentileza.'



Estarei em férias por trinta dias a partir de amanhã. Retomarei o blog na volta.

O tema Felicidade não ficou apropriado?

quarta-feira, 12 de junho de 2013

TRISTE SINA


Hoje é o Dia dos Namorados. Mas é também o Dia da Luta Contra o Trabalho Infantil. Por isso meu texto de hoje não vai para o amor, mas para as crianças que não têm infância e, muitas vezes, nem amor.



 
 
 
Pequena, miúda, franzina
E já enfrentando a lida.
Como é triste a tua sina
Pobre criança sofrida.
 
Outros brincam, vão à escola
São pequenos aprendizes,
Também podem jogar bola
E viver muito felizes.
 
E tu, infeliz criança
Não tens tempo de lazer
Infância sem esperança
Tua vida é só sofrer.
 
Pequeno trabalhador
Que te aguarda no futuro?
Fome, frio, tristeza, dor.
Ah! Que destino duro!
 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

VELHOS RETRATOS


 



Velhos retratos em sépia
figuras em meios tons
gente antiga, ora imóvel
descansando nas molduras.
Tardio repouso após a luta.
Olhar sereno, face em paz.
Tantas histórias
de um passado já distante,
doces memórias
o contemplá-los traz.
Nesse passado mergulhados
vozes, aromas, sons
vívidos como se vivos fossem.
Doce quimera.
Os que ali estão
apenas estiveram, já se foram.
Velhos retratos
foi tudo o que restou.

MURALHA