Um livro de poemas para comemorar os meus setenta anos de idade. Um poema para cada ano de vida.
Prefácio de Angela Regina Ramalho Xavier . Comentários de Aline Romariz.
Publicado pela Editora Iluminatta.
Prefácio de Angela Regina Ramalho Xavier, amiga, escritora, blogueira.
Lu Narbot completa 70 anos e a poesia
está em festa!
A cada ano de sua existência, ela
brindou-nos com versos livres, trovas e aldravias, que expressam sua parceria
mais do que exitosa com as palavras. Parceria que tenho acompanhado nos últimos
anos, graças ao convívio afetuoso construído a cada evento organizado pelo
Portal do Poeta Brasileiro e Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta
Brasileiro, instituições literárias das quais participamos.
Neste livro, Lu Narbot enfoca a poesia e
sua relação com ela. A poesia enquanto parceira acompanha a autora, cujas
bonecas – filhas do coração – plantou ao longo dos anos, colhendo versos que
ora se rebelam, ora se ocultam, mostrando direito e avesso, revelando traços de
imaturidade, timidez e impulsividade, mas revelando também traços de altivez e
resistência.
Poesia e poeta neste livro se completam,
se desnudam, se revelam. Uma ou outra às vezes foge, refugiando-se na noite,
jogando palavras ao vento. Neste ofício, enveredado pelo destino, a autora nos
deixa um legado. Traça sua escrita com teimosia, com atrevimento de quem sabe a
hora do parto, bem como a hora em que vai nascer a poesia.
Sua luta não é vã. Na tecedura das
letras, adivinha nossos pensamentos, cria expectativas, faz confissões. Alça
voos feito as borboletas, exercitando sua porção poeta-pássaro. Acalanta-nos
com um canto doce, conhecido somente por quem tem alma de poeta.
Sua poesia é a minha poesia, é a nossa
poesia. A poesia e ela, a poesia e eu: simetria que transcende. Teia que nos
une em sintonia e nos faz viver poetando.
A poesia de Lú não espera. Seu grito não
é vazio. Ela tem premência! Usa de imposição e não silencia! Num arremedo
solitário, a autora ensaia um mergulho, sem sequer imaginar o risco de uma
queda. Corajosa, ela subsiste ao combate. Tentativa. Processo. Submissão.
Resistência! É e sempre foi assim!
Essa força vem dela ou da poesia? Ou vem
dela por causa da poesia? Não importa! Essa força existe e faz de Lucia Narbot
uma artesã das palavras. Ela possui a estranha mania de colocar palavras em molduras.
Persiste emoldurando o belo, num frenético apelo de amor pela poesia.
Aqui ela dança, perde o rumo, leva um
susto, mas segue lançando gotas de lirismo pela jornada. No meio do percurso,
esboça resistência. Mas a poesia (essa intrusa) persiste! Veio sem ser chamada.
Embaça-lhe a visão e a ela rende-se a poeta, porque “contra a poesia toda luta
é vã”.
E porque lutamos (ambas em vão), eu
também me rendo à poesia de Lucia Narbot!
Angela Regina
Ramalho Xavier
Pedagoga, Escritora
e Blogueira
Comentários de Aline Romariz, amiga, poeta, Presidente do Portal do Poeta Brasileiro e da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro.
A
poesia com enfeites de amor. Leve bálsamo, unguento de paixão e arte. A médica
torna-se definitivamente poeta e firma parceria com o requinte próprio dos que
escrevem com prazer.
Em cada
verso um trabalho cheio de esmero...E da arte nasce o belo que se incrustou na
alma da artista que gera filhos em sílabas de emoção tão singular.
E
assim cada filho poesia parece fazê-la andar na velocidade da luz, como se
tivesse o dom de parar o tempo, a embalar bonecas em um coração pueril, a
cantar versos e verbos, a ninar letras e rimas num róseo tom de um amor que se
completa: mulher poeta.
Aline
Romariz