HOMENAGEM


Homenagem



Aos quatro ou
cinco anos, eu era uma garotinha que já gostava de fazer versos. Parece que eu
encerrava as minhas “apresentações” sempre com a mesma frase: bonecas no meu
coração. Tudo a ver com a minha paixão do momento...
Ao longo de
minha vida ouvi meu pai repetir esta estória. Aliás, sempre com muita alegria e
orgulho da “precocidade” da primogênita.
Por isso, o
título do blog é uma homenagem a meu pai, Humberto Narbot.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Parceria, meu novo livro

 
 


Um livro de poemas para comemorar os meus setenta anos de idade. Um poema para cada ano de vida.

Prefácio de Angela Regina Ramalho Xavier . Comentários de Aline Romariz.

Publicado pela Editora Iluminatta.



Prefácio de Angela Regina Ramalho Xavier, amiga, escritora, blogueira.
 

Lu Narbot completa 70 anos e a poesia está em festa!

A cada ano de sua existência, ela brindou-nos com versos livres, trovas e aldravias, que expressam sua parceria mais do que exitosa com as palavras. Parceria que tenho acompanhado nos últimos anos, graças ao convívio afetuoso construído a cada evento organizado pelo Portal do Poeta Brasileiro e Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, instituições literárias das quais participamos.

Neste livro, Lu Narbot enfoca a poesia e sua relação com ela. A poesia enquanto parceira acompanha a autora, cujas bonecas – filhas do coração – plantou ao longo dos anos, colhendo versos que ora se rebelam, ora se ocultam, mostrando direito e avesso, revelando traços de imaturidade, timidez e impulsividade, mas revelando também traços de altivez e resistência.

Poesia e poeta neste livro se completam, se desnudam, se revelam. Uma ou outra às vezes foge, refugiando-se na noite, jogando palavras ao vento. Neste ofício, enveredado pelo destino, a autora nos deixa um legado. Traça sua escrita com teimosia, com atrevimento de quem sabe a hora do parto, bem como a hora em que vai nascer a poesia.

Sua luta não é vã. Na tecedura das letras, adivinha nossos pensamentos, cria expectativas, faz confissões. Alça voos feito as borboletas, exercitando sua porção poeta-pássaro. Acalanta-nos com um canto doce, conhecido somente por quem tem alma de poeta.

Sua poesia é a minha poesia, é a nossa poesia. A poesia e ela, a poesia e eu: simetria que transcende. Teia que nos une em sintonia e nos faz viver poetando.

A poesia de Lú não espera. Seu grito não é vazio. Ela tem premência! Usa de imposição e não silencia! Num arremedo solitário, a autora ensaia um mergulho, sem sequer imaginar o risco de uma queda. Corajosa, ela subsiste ao combate. Tentativa. Processo. Submissão. Resistência! É e sempre foi assim!

Essa força vem dela ou da poesia? Ou vem dela por causa da poesia? Não importa! Essa força existe e faz de Lucia Narbot uma artesã das palavras. Ela possui a estranha mania de colocar palavras em molduras. Persiste emoldurando o belo, num frenético apelo de amor pela poesia.

Aqui ela dança, perde o rumo, leva um susto, mas segue lançando gotas de lirismo pela jornada. No meio do percurso, esboça resistência. Mas a poesia (essa intrusa) persiste! Veio sem ser chamada. Embaça-lhe a visão e a ela rende-se a poeta, porque “contra a poesia toda luta é vã”.

E porque lutamos (ambas em vão), eu também me rendo à poesia de Lucia Narbot!

Angela Regina Ramalho Xavier

Pedagoga, Escritora e Blogueira

 

Comentários de Aline Romariz, amiga, poeta, Presidente do Portal do Poeta Brasileiro e da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro.




A poesia com enfeites de amor. Leve bálsamo, unguento de paixão e arte. A médica torna-se definitivamente poeta e firma parceria com o requinte próprio dos que escrevem com prazer.

Em cada verso um trabalho cheio de esmero...E da arte nasce o belo que se incrustou na alma da artista que gera filhos em sílabas de emoção tão singular.
 
E em cada poema Lu não deixa-se levar pelos anos que marcam a folhinha...e o tempo não passa e a vida se faz viva em cada linha poética que traça.

E assim cada filho poesia parece fazê-la andar na velocidade da luz, como se tivesse o dom de parar o tempo, a embalar bonecas em um coração pueril, a cantar versos e verbos, a ninar letras e rimas num róseo tom de um amor que se completa: mulher poeta.

 
Aline Romariz



 

8 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigada, Ilza. Com livro novo fica mais fácil virar septuagenária....

      Excluir
  2. Muito lindo, amiga! Feliz de estar contigo nessa parceria! Parabéns pelo livro e pelos 70 anos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Angela, você sabe que seu prefácio me emocionou. Mais uma vez eu agradeço sua participação neste livro. E que nossa parceria continue ainda por um bom tempo...

      Excluir
  3. Puxa, que notícia maravilhosa, parabéns! Eu havia visto alguma nota lá no facebook, mas não sabia dos detalhes. Parabéns de verdade!

    ResponderExcluir
  4. Desde que deitei meus olhos pela primeira vez nos poemas de Lu Narbot, sabia que estava proporcionando a eles uma viagem que os deixariam felizes sempre que tivessem a sorte de neles embarcar. Parabéns pelo livro, pelos lindos 70 anos e pela pessoa que você é. Parabéns também pelo prefácio lindo bordado a poesia por Ângela Ramalho, outra grande escritora.

    ResponderExcluir

Seu comentário é um importante incentivo e será bem-vindo. Obrigada.