HOMENAGEM


Homenagem



Aos quatro ou
cinco anos, eu era uma garotinha que já gostava de fazer versos. Parece que eu
encerrava as minhas “apresentações” sempre com a mesma frase: bonecas no meu
coração. Tudo a ver com a minha paixão do momento...
Ao longo de
minha vida ouvi meu pai repetir esta estória. Aliás, sempre com muita alegria e
orgulho da “precocidade” da primogênita.
Por isso, o
título do blog é uma homenagem a meu pai, Humberto Narbot.

sábado, 10 de agosto de 2013

CORRESPONDÊNCIA

 
Acostumei-me aos emails, afinal estamos no século XXI. Mas, tenho saudade das cartas, que sempre gostei de escrever.
Um email pressupõe brevidade, concisão, síntese, pois os dias de hoje literalmente correm, não há tempo para grandes conversas, detalhes sem importância, pequenos nadas. Uma carta permite maior extensão, jogar conversa fora, dizer coisas banais e corriqueiras.
Quando eu era adolescente, estava na moda a troca de correspondência com outros jovens de outros países, em inglês, para treinar o idioma. Tive várias correspondentes, no Japão, Canadá, EUA. A maioria delas, logo foi interrompida. Entretanto, com uma jovem americana a correspondência manteve-se de 1958 até lá por volta de 1973. Neste meio tempo ela casou-se, teve filhos, eu também, e as cartas continuavam, só mudando o assunto pois haviam mudado as preocupações do momento. Depois, não sei o porquê, as cartas cessaram. Coisas da vida.
À época em que iniciei esta troca de cartas, na rua em que eu morava não passava carteiro. Era necessário ir à agência dos Correios do bairro para retirar a correspondência. Coisa que eu, com tempo de sobra, fazia quase todos os dias. Imaginem fazer isso hoje!
Mas, apesar dos pesares, não perdi o gosto pela troca de cartas. Assim, se alguém tiver vontade e vagares, pode trocar comigo longa epístolas, ainda que eletrônicas...

6 comentários:

  1. Nossa, nem me fale...
    Eu fui, digamos assim: a pessoa certa para salvar toda minha família! Uns não sabiam escrever direito, outros não gostavam ou ,ão tinham tempo, então eu estava lá pra "socorrer" quem precisava.
    E eu adorava!
    Acho que foi um dos bons motivos que tomei gosto pela leitura e pela escrita.
    Meu pai tinha uma daquelas famosas "vendinha de sitio" e eu "devorava" os jornais, estava sempre (meio que atrasada) mas apar das noticias, e bendigo tudo isso!
    Aqui entre nós, era bom demais receber cartas não acha Lu?
    Um beijo
    Ivany

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    1. Oi Ivany, era bom mesmo receber cartas! Penso que a gente deve conseguir fazer isto por email, fazendo de conta que está escrevendo uma carta. Podemos tentar, pelo menos. Abraços e obrigada pela leitura.

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  2. Pois eu adoro seus emails, também costumo escrever muito, com interesse, como se estivesse escrevendo uma carta no sentido mais antigo, como não se usa mais. Uma amiga dos tempos da universidade deixou de trocar emails comigo porque disse que eu escrevia muito. Não tive mais vontade de sentar e escrever para ela desde então, perdemos o contato. Procuro colocar sentido em tudo o que eu faço, se não for para escrever com sinceridade, nem começo. Não é porque hoje em dia quase tudo é superficial e rapidinho, que tenhamos de viver assim também. Deixei uma resposta à sua contribuição em PAPO DE ESCRITOR(ES) - I lá no bluemaedel. Obrigada por trocar cartas e idéias comigo, é sempre enriquecedor. Abração, Helena.

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    1. Helena, já disse lá no Bluemaedel e repito: você tem a idade da minha filha mais velha. Então, quando trocamos e-mails, às vezes me parece estar conversando com ela, por isso, além de algumas outras afinidades, o papo flui. Continuemos então com nossa correspondência! Bjs.

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  3. Quando recebo algo pelo correio que não seja contas fico toda entusiasmada...rs. Mas geralmente é convite de casamento ou aniversário...rs. Eu adorava as cartas também!

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    1. Agora podemos nos estender nos emails, chegam mais rápido. Com este texto, descobri muita gente que gostava de escrever cartas. Acho quue vou lançar moda rsrs

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