Acostumei-me aos emails, afinal estamos no século XXI.
Mas, tenho saudade das cartas, que sempre gostei de escrever.
Um email pressupõe brevidade, concisão, síntese, pois
os dias de hoje literalmente correm, não há tempo para grandes conversas,
detalhes sem importância, pequenos nadas. Uma carta permite maior extensão,
jogar conversa fora, dizer coisas banais e corriqueiras.
Quando eu era adolescente, estava na moda a troca de
correspondência com outros jovens de outros países, em inglês, para treinar o
idioma. Tive várias correspondentes, no Japão, Canadá, EUA. A maioria delas,
logo foi interrompida. Entretanto, com uma jovem americana a correspondência
manteve-se de 1958 até lá por volta de 1973. Neste meio tempo ela casou-se, teve
filhos, eu também, e as cartas continuavam, só mudando o assunto pois haviam
mudado as preocupações do momento. Depois, não sei o porquê, as cartas
cessaram. Coisas da vida.
À época em que iniciei esta troca de cartas, na rua em
que eu morava não passava carteiro. Era necessário ir à agência dos Correios do
bairro para retirar a correspondência. Coisa que eu, com tempo de sobra, fazia
quase todos os dias. Imaginem fazer isso hoje!
Mas, apesar dos pesares, não perdi o gosto pela troca
de cartas. Assim, se alguém tiver vontade e vagares, pode trocar comigo longa
epístolas, ainda que eletrônicas...
Nossa, nem me fale...
ResponderExcluirEu fui, digamos assim: a pessoa certa para salvar toda minha família! Uns não sabiam escrever direito, outros não gostavam ou ,ão tinham tempo, então eu estava lá pra "socorrer" quem precisava.
E eu adorava!
Acho que foi um dos bons motivos que tomei gosto pela leitura e pela escrita.
Meu pai tinha uma daquelas famosas "vendinha de sitio" e eu "devorava" os jornais, estava sempre (meio que atrasada) mas apar das noticias, e bendigo tudo isso!
Aqui entre nós, era bom demais receber cartas não acha Lu?
Um beijo
Ivany
Oi Ivany, era bom mesmo receber cartas! Penso que a gente deve conseguir fazer isto por email, fazendo de conta que está escrevendo uma carta. Podemos tentar, pelo menos. Abraços e obrigada pela leitura.
ExcluirPois eu adoro seus emails, também costumo escrever muito, com interesse, como se estivesse escrevendo uma carta no sentido mais antigo, como não se usa mais. Uma amiga dos tempos da universidade deixou de trocar emails comigo porque disse que eu escrevia muito. Não tive mais vontade de sentar e escrever para ela desde então, perdemos o contato. Procuro colocar sentido em tudo o que eu faço, se não for para escrever com sinceridade, nem começo. Não é porque hoje em dia quase tudo é superficial e rapidinho, que tenhamos de viver assim também. Deixei uma resposta à sua contribuição em PAPO DE ESCRITOR(ES) - I lá no bluemaedel. Obrigada por trocar cartas e idéias comigo, é sempre enriquecedor. Abração, Helena.
ResponderExcluirHelena, já disse lá no Bluemaedel e repito: você tem a idade da minha filha mais velha. Então, quando trocamos e-mails, às vezes me parece estar conversando com ela, por isso, além de algumas outras afinidades, o papo flui. Continuemos então com nossa correspondência! Bjs.
ExcluirQuando recebo algo pelo correio que não seja contas fico toda entusiasmada...rs. Mas geralmente é convite de casamento ou aniversário...rs. Eu adorava as cartas também!
ResponderExcluirAgora podemos nos estender nos emails, chegam mais rápido. Com este texto, descobri muita gente que gostava de escrever cartas. Acho quue vou lançar moda rsrs
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