HOMENAGEM


Homenagem



Aos quatro ou
cinco anos, eu era uma garotinha que já gostava de fazer versos. Parece que eu
encerrava as minhas “apresentações” sempre com a mesma frase: bonecas no meu
coração. Tudo a ver com a minha paixão do momento...
Ao longo de
minha vida ouvi meu pai repetir esta estória. Aliás, sempre com muita alegria e
orgulho da “precocidade” da primogênita.
Por isso, o
título do blog é uma homenagem a meu pai, Humberto Narbot.

sábado, 6 de abril de 2013

POEMA DAS PRAIAS DESERTAS





As praias desertas se estendem

na maciez da areia branca.

Ninguém está lá para vê-las.

 

Ninguém vê a beleza morna

da imensidão branca

nem a cor

do mar a se estender.

E a solidão

envolve mar

e areia branca...

Apenas sol e lua

visitam as praias desertas

e elas se iludem

fingindo ver nas estrelas

as crianças ausentes.

As praias desertas,

solitárias,

são tristes e belas

 

 

As praias desertas se estendem

na maciez da areia branca.

Ninguém está lá para vê-las.

 

São Paulo, 1963.

Foto da autora - Ubatuba 2012 

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