A partir de
amanhã, deixo esta fase “sexy” de minha vida. Entretanto, creio que a mensagem
deste poema escrito há dez anos, vale para os setenta, oitenta, noventa, etc. Assim
sendo, vou publicá-lo novamente.
A foto do
perfil foi atualizada para uma mais recente, de agosto deste ano
de 2014.
Sexagenária
Desde
agora quase tudo me será permitido,
pois
volto a ser criança
e
resgato a ingenuidade
e o
não ter medo do ridículo.
De
hoje em diante,
por
motivo de minha recém conquistada liberdade
de
ser velha-criança,
continuo
a ter a esperança
que
nunca perdi,
a
sonhar todos os sonhos
que
nunca deixei de sonhar,
a
cantar, ainda que desafinada,
todas
as canções que quiser,
inclusive
e sobretudo as fora de moda.
Não
rompo laços
porque
nunca estive amarrada.
Insisto
e persisto, como sempre,
a
viver em paz comigo mesma,
com
o mundo,
com
o riso e a alegria.
Hoje
é só uma data,
apenas
um dia entre o ontem e o amanhã,
somente
símbolo a confirmar
que
o importante,
o
real, o verdadeiro,
é
amar e ser feliz.
Campinas, dezembro 2004.
Do livro Versos ao Longo do Caminho
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