Saio de casa para o trabalho. O mesmo caminho de todos
os dias, que conheço de cor e salteado, dá-me oportunidade de divagar. Um
flamboyant florido explode em cor. Outras árvores florescem. A cidade tem ainda
bastante verde em contraste com o concreto das construções. Gosto de morar
aqui.
Passo por um bosque. As árvores fazem-me voltar no
tempo, a um domingo frio e ensolarado, no Central Park em Nova Iorque. Hordas
de turistas no Strawberry Field, homenagem a John Lennon. Mas o restante do
parque está calmo. Famílias passeando, gente praticando corrida, andando de
bicicleta, em grupos ou solitários. Aqui e ali, músicos tocando e cantando,
tentando ganhar alguns trocados.
Uma buzina estridente tira-me do devaneio e traz-me de
volta ao presente. Observando a praça por onde agora passo, bem cuidada, penso
em outras abandonadas pelas autoridades ou destruídas pelo vandalismo de quem
delas poderia beneficiar-se. Percebo que cheguei ao destino e observo que meu
pensamento levou-me bem além do trajeto cotidiano.
É como dizem: o pensamento voa. E faz voar.
ResponderExcluirÉ incrível como mesmo sem sairmos da mesmice do cotidiano, conseguimos voar com o pensamento.
ResponderExcluirAh... adorei o texto, pleno de sensibilidade descrevendo as belezas que a natureza mostra por toda parte. Central Park, adoro passear por lá, já estou com saudade de caminhar pelas alamedas sempre bem cuidadas desse lindo parque. Lu, muito obrigada pela visita, pena que não conseguiu comentar no blog, mas o fez no Google, e agradeço muito a gentileza, se puder vá lá no Blog hj, adoraria ver seu comentário por lá. Um grande abraço a vc.
ResponderExcluirLu, voei junto com seu devaneio e fui parar no Jardin du Luxembourg...
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