HOMENAGEM


Homenagem



Aos quatro ou
cinco anos, eu era uma garotinha que já gostava de fazer versos. Parece que eu
encerrava as minhas “apresentações” sempre com a mesma frase: bonecas no meu
coração. Tudo a ver com a minha paixão do momento...
Ao longo de
minha vida ouvi meu pai repetir esta estória. Aliás, sempre com muita alegria e
orgulho da “precocidade” da primogênita.
Por isso, o
título do blog é uma homenagem a meu pai, Humberto Narbot.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

 Trova


Nesta teia que teceu,

descuidada enredei-me.

Que faço agora, amor meu?

Diga-me, porque eu não sei.


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Cérebro ou Coração?

 

Gosto de escrever, embora não tenha nenhuma formação na área de Letras. Nem em Ciências Humanas. De humano mesmo, somente o coração. Que as Ciências Biológicas, estas sim minha área de formação e atuação, me informam não ser a sede das emoções e sentimentos. Estes residem no cérebro. Importa-me lá! Faço os dois dialogarem, e sigo em frente!

Gosto também de gente. De conversar, de observar, de ouvir. De incentivar, de aliviar quando possível, de consolar. De saber, não por curiosidade, mas por verdadeiro interesse, como e porque sentem o que sentem. Não quero saber os detalhes da vida delas, mas de conhecer e tentar entender seus reais sentimentos, muitas vezes ocultos em frieza ou indiferença. Aprendo muito com as pessoas. Cada uma com quem converso me traz algo, me deixa um pouquinho dela. E me enriquece. Nesse quesito, sou bilionária. Pois converso desde sempre, na fila do supermercado, em salas de espera, reuniões. E, claro, dentro de meu consultório. As histórias que ouvi ao longo da vida dariam não um, mas vários livros. Afinal, só de profissão tenho mais de meio século!

E como gosto de escrever e gosto de gente, escrevo sobre gente. Sobre suas dores e alegrias, suas conquistas e frustrações. Conhecidos ou desconhecidos, reais ou hipotéticos, os seres humanos povoam minha imaginação. E, queira a Biologia ou não, estão para sempre fincados em meu coração...

 

 

Campinas, 29/10/2021


domingo, 19 de setembro de 2021


 

ENTRE MINICONTOS E CRÔNICAS, HÁ VIDA, por MARÍLIA L. PAIXÃO

 

 

Não é uma Resenha, no sentido estrito do termo, nem Crítica Literária, pois não tenho formação profissional para isso.

Quem escreve estas linhas é a leitora cativa da autora. E começo citando a própria Marília, no texto “Histórias e Glórias”: “É tão bom escrever diferente dos outros. Dá uma felicidade que ninguém tira, ninguém compra, ninguém vende”.

Essa felicidade seguramente pertence à Marília, pois seu estilo é muito pessoal. Ela nos brinda sempre com algum texto inusitado, seja pelo tema ou desfecho, onde cabem inventividade, surpresa, delicadeza, poesia. É absolutamente envolvente.

Neste livro passeiam filmes, canções, notícias, vida cotidiana, histórias de família e muito mais. Num tom em que nos faz partícipes dos textos ali escritos. Sem falar no seu lado poeta, que é surpreendente.

“Entre Minicontos e Crônicas, Há Vida” nos encanta desde o título. Entretanto, devo dizer que me atrevo a fazer uma correçãozinha: eu diria há MUITA vida, pois foi isso o que senti.

sábado, 28 de agosto de 2021

 AMNÉSIA


Rabisco versos
em letras tristes,
em mudas sílabas
sem ponto ou vírgula;
rascunho a vida
em frases toscas
em períodos curtos
e sem maiúsculas.
Dos sinuosos parágrafos
escorre o Tempo,
apaga a escrita,
não há memória.

Lu Narbot

Poema classificado em sétimo lugar no Concurso Literário ACLAPTCTC - 2021